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Capítulo Brasileiro da Internacional Association for the Study of Pain - IASP


Câncer de Mama

A maior incidência de câncer relaciona-se com a longevidade da população. O câncer de mama, no Brasil,  desde a década de 60 mostra incidência e mortalidade ascendente, cerca de 15% do total de cânceres e a principal causa de óbitos na população feminina.O numero de casos novos é maior nos países em desenvolvimento pela falta de programas adequados de rastreamento1,2.

Os principais fatores de risco para câncer de mama são: idade, parentes de primeiro grau com diagnóstico de câncer de mama; menstruação antes dos 12 anos; menopausa após os 55 anos; obesidade na pós-menopausa, nuliparidade; terapia de reposição hormonal; anticoncepcional oral; história de câncer primário de endométrio, ovário ou colo;  consumo de álcool e/ou tabagismo3.

A eficácia no controle do câncer de mama relaciona-se com o diagnóstico precoce para reduzir, significativamente, a mortalidade e as repercussões físicas, psíquicas e sociais (OMS).

O rastreamento do câncer de mama apoia-se no tripé: auto exame, exame clínico e mamografia3.

A mamografia eficaz na identificação de lesões mamárias é indicada rotineiramente para rastrear câncer de mama em mulheres assintomáticas, antes do inicio e durante a reposição hormonal, no pré-operatório de cirurgias plásticas (após 40 anos) e no seguimento (da outra mama) nas pós-mastectomia4. Inúmeros estudos evidenciam redução significativa da mortalidade por câncer de mama entre as mulheres submetidas a rastreamento mamográfico.

Considera-se o auto exame das mamas o principal método de detecção precoce das lesões mamárias, entretanto diversos estudos demonstram que o índice da prática é incipiente em diversas partes do mundo.

Os movimentos de conscientização do auto exame, da realização do exame ginecológico e da mamografia são de extrema importância na detecção e diagnóstico precoce do câncer de mama e deveriam estender-se à todos os meses do ano para diminuir a incidência, mortalidade e as repercussões desta doença.


Fontes e Referências


1.Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer (INCA). Estimativas da incidência e mortalidade por câncer. Rio de Janeiro, RJ: INCA, 2003.

2.Pascalicchio JC, Fristachi CE, Baracat FF. Câncer de mama: fatores de risco, prognósticos e prediti- vos. RevBrasMastol 2001;11:71–84.

3.PasqualeteHA.Prevençãosecundáriadocâncerde mama. In: Pasqualete HA, Koch HA, Soares-Perei- ra PM, Kemp C. Mamografia atual. Rio de Janei- ro, RJ: Revinter, 1998;89–97.

4. Melo A, Meneses ACO, Scandiuzzi D, Oliveira MK, Chaud TL. Detecção e prognóstico do câncer “precoce” de mama: revisão da literatura e apre- sentação de 12 casos. RadiolBras 2000;33:279–85. 

 Telma Regina Mariotto Zakka
 Coordenadora do Comitê de Dor Urogenital da SBED

  • Graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina de Taubaté (1978). Ginecologista e Obstetra.
  • Doutora em Ciências pelo Programa de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo.
  • Especialista em Acupuntura com Título de Especialista pela AMB.
  • Certificado de Atuação na área de Dor.
  • Responsável pela implantação, organização e gerenciamento do Serviço de Acupuntura e Dor e do Serviço de Toxina Botulínica para Espasticidade e Distonia, na Prefeitura Municipal de Taubaté.
  • Médica pesquisadora do Centro Interdisciplinar de Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP desde janeiro de 2000, e do Grupo de Dor do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP desde 2005.
  • Participante da Câmara Técnica de Acupuntura do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, desde 2008.
  • Coordenadora do Ambulatório de Dor Pélvica Crônica do Centro Interdisciplinar de Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
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